Sexâmbulo

Recentemente pesquisava na internet sobre distúrbios do sono depois de ter tido algumas dificuldades pra dormir e passar vexame na casa dos outros por estar falando enquanto dormia (acreditem: isso é MUITO constrangedor). Entre algumas tantas outras coisas, encontrei uma reportagem da BBC do ano de 2002 que tratava de um distúrbio do sono interessante: pessoas que fazem sexo enquanto dormem e não se lembram de nada no dia seguinte ( ei,calma, não é esse meu problema mas parei pra ler assim mesmo. rsrsrs) Mas cá entre nós (e isso é segredo) não existe nada melhor que acordar (ou ser acordada) desta forma. Contudo, no caso de pessoas que sofrem deste problema, pesquisas revelaram que o parceiro(a) pode se tornar violento, isso sem falar nos constrangimentos processos judiciais que isso pode gerar por se atacar um desconhecido(a) no meio da noite. O comportamento bizarro rendeu uma notícia curiosa na revista época/globo, e segundo a reportagem um australiano tentava provar por A+B que fez o filho dormindo e por isso não pagaria pensão (eu particularmente acho que essa "desculpa" não vai colar.) Pesquisas mais recentes ainda estudam este distúrbio, e como tudo que é excêntrico, diferente ou simplesmente bizarro me chama a atenção e ganha espaço no meu blog, segue abaixo uma descrição mais detalhada sobre o assunto:  

A maioria das mulheres não reclama quando é acordada com carícias no meio da noite. Se gostar de sexo e estiver casada há muito tempo, melhor ainda. Significa que continua batendo um bolão. E se o parceiro avançar sobre ela como um urso da montanha? Hmm. Sexo selvagem, pode pensar. E se ele fizer movimentos mecânicos e descontrolados feito um robô em curto-circuito? Talvez não esteja muito inspirado. E se não responder quando ela perguntar alguma coisa? Esquisito... Se deixá-la cheia de hematomas, roncar feito um porco e no dia seguinte disser que não se lembra de nada? Aí é caso de polícia. Ou de neurologista.
A ciência começa a demonstrar que algumas pessoas sofrem de um misterioso distúrbio do sono, que já tem nome: parassonia sexual (sexsomnia, em inglês, ou simplesmente sleepsex). Esses indivíduos, tanto homens como mulheres, dormem ao mesmo tempo que fazem sexo. Costumam apresentar movimentos abrutalhados, agarram o parceiro sem ter consciência do que estão fazendo e só acordam se forem estapeados - o que não é recomendável. Se acordados abruptamente, eles podem reagir com violência. Ou melhor: com mais violência.
O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1996 pelo pesquisador Colin Shapiro, atualmente diretor da clínica do sono do Toronto Western Hospital, no Canadá. Depois de atender pessoas com essas estranhas manifestações, a equipe de Shapiro percebeu que tinha nas mãos uma desordem que não se enquadrava em nada conhecido. De lá para cá, novos casos foram relatados. Mas ainda hoje se conhece muito pouco sobre a condição. Sabe-se, porém, que ela costuma arruinar os relacionamentos.
A escassez de conhecimento tem dois motivos. O primeiro deles é que as pessoas sentem vergonha de procurar ajuda. O segundo e mais complexo é que é muito difícil flagrar o paciente na hora H. "Gostaríamos de submeter esses pacientes a estudos de neuroimagem para ver o que acontece no cérebro deles num episódio de sexo durante o sono", disse a ÉPOCA o pesquisador Nik Trajanovic, que faz parte da equipe de Shapiro.
Diante das dificuldades, os cientistas decidiram coletar depoimentos pela internet, estratégia que vem sendo cada vez mais aceita pela comunidade acadêmica no caso de patologias que provocam constrangimento. Trajanovic e os colegas decidiram postar uma pesquisa no site www.sleepsex.org, criado pelo psicólogo Michael Mangan, da Universidade de New Hampshire, em Durham, nos Estados Unidos. O site é uma das melhores fontes de informação sobre o distúrbio. Os pesquisadores conseguiram reunir 219 depoimentos que julgaram confiáveis. Os pacientes tinham de 15 a 67 anos. Dois terços eram homens. Do total de participantes, 90% disseram ter passado por vários episódios de sexo durante o sono. O problema criou sérias dificuldades para alguns deles: 7% foram acusados de estupro ou assédio sexual.
Um quarto dos pacientes disse sofrer também de sonambulismo. Os cientistas enxergam semelhanças entre os dois distúrbios, embora eles sejam classificados como problemas distintos. Assim como o sonambulismo (que afeta até 5% da população em alguma fase da vida), a parassonia sexual parece ser provocada pela atividade irregular do cérebro, e não por problemas psicológicos ou sexuais.
Em alguns casos, o episódio de sexo durante o sono ocorre enquanto o paciente está tendo um sonho erótico. Em outros casos, ele não tem nenhuma relação com sonhos. Na maioria das vezes, porém, ele começa quando a pessoa encosta no corpo do parceiro e fica excitada. A pessoa não tem consciência da realidade nem está mergulhada no sono profundo. Fica no meio do caminho. Não sabe o que está fazendo, mas a atividade motora continua a todo vapor. O ato sexual pode acontecer nas mais variadas formas: masturbação, penetração, sexo oral etc. Mas o sexo é conturbado, rústico e doloroso. Tanto quem sofre do distúrbio quanto o parceiro costumam se machucar.
Os cientistas estimam que entre 0,1% e 1% da população sofra do problema. No Brasil, os pacientes identificados são raríssimos. Em 1999, a neurologista Rosana Alves, do Centro de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas, relatou o caso de um rapaz de 27 anos. Ele procurou ajuda depois de um episódio dramático. Ao sonhar que a casa estava pegando fogo, quase atirou a filha pela janela. Foi impedido pela mulher. Ela contou aos médicos que ele sempre fazia sexo dormindo e não se lembrava de nada. A professora Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, já deparou com três casos na capital paulista. "Quem sofre disso não costuma ter nenhum distúrbio psiquiátrico. Essas pessoas precisam saber que existe tratamento", afirma. O medicamento mais receitado nesses casos é o clonazepam, um tranqüilizante também utilizado para tratar o sonambulismo. O remédio torna o sono mais contínuo e produz relaxamento muscular. Tem efeitos colaterais fortes. Entre eles sonolência, enxaqueca e até depressão. Mas pode ajudar a salvar alguns casamentos.


Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI55590-15228,00.html

No caso dos casados há muito tempo eu acho melhor estes pesquisadores deixarem os sonâmbulos ficarem com o distúrbio. As esposas agradecem. rsrsr 

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