amor não Amor.

Já diria Renato Russo: " Quem inventou o amor, me explica por favor". A mim também o amor se parece mais com uma invenção que vem sendo reinventada ao longo dos anos, em constante mutação. Mas honestamente conclui o amor como um sentimento inexistente. Calma, isto não é declaração de uma mulher mal amada e mal comida solitária. Chamamos de amor, e as vezes até confundimos com outros sentimentos, a área formada pelo intersecção de outros sentimentos como respeito, consideração, afeto, atração física entre outros... 
Considerando o modelo (super) simplificado acima, imaginemos que cada um deste sentimentos seja um conjunto. A intersecção destes conjuntos (área preta) é o que chamamos de amor. No entanto existem relacionamentos em que pode inexistir um ou mais elementos ( áreas vermelhas, azuis e verdes). E estes também são relacionamentos (as vezes entre namorados, as vezes entre amigos, as vezes só sexual entre outro tipos) e também podem dar certo, mas sempre a base de muita resignação de um dos (as vezes os dois) parceiros. Contudo demanda mais energia do sistema e sob o risco de gerar conflitos, mágoas, ressentimentos e perda da intensidade da cor nos conjuntos . Mas consideraremos amor (em seu estado ótimo) apenas a área escura do modelo, a intersecção de todos estes conjuntos. 
Não tenho certeza se existe um ou outro conjunto mais importante neste equação, mas a verdade é que existem aqueles que fazem mais falta que outros dependendo de cada tipo de relação. Paciência, pra mim, por exemplo, tornou-se ao longo da minha experiência um importante indicador da qualidade de um possível, atual ou futuro amor. Embora possa haver paciência sem amor, acredito na inviabilidade do inverso. Quem ama ensina, ainda que por motivos egoístas, como é da natureza humana.  E a paciência traz consigo um sub-conjunto: a tolerância.  
Problematizar sentimentos pode, a primeira vista, parecer uma abordagem fria, mas então entramos numa outra pergunta que me faço constantemente: sentimentos é que geram pensamentos ou são pensamentos que geram sentimentos? 
Se meus pensamentos gerarem sentimentos então posso me esforçar para disciplina-los, mas se for o contrário estarei a mercê da irracionalidade? Gosto de acreditar que ainda tenho controle sobre algo, embora as vezes eu esqueça disso. Pensar a respeito, ainda que sem chegar a um conclusão me faz achar que ainda posso ter o controle. 

Amor é um jogo onde ou todos ganham ou todos perdem. Sem meios-termos. (TS) 

Este post foi reflexo de uma noite mal dormida com pensamentos soltos como cavalos selvagens num pasto aberto. Qualquer semelhança com ideias de usuários de drogas é mera coincidência.  

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