Reflexão

Reflexão de aniversário: Apesar dos meus 20 e tantos anos, eu não me preocupo tanto com minha vida profissional. Pode parecer estranho, mas é uma área da minha vida em que sinto muito confiante, por conhecer minhas habilidades e capacidade de aprendizado. Sinto-me segura quanto meu futuro profissional apesar de nem sempre este ser um mar de rosas. De todas as minhas experiências profissionais consegui sair madura e com grandes lições de vida no que diz respeito ao aspecto de convívio acadêmico e profissional. Não, não é algo que me assusta, apesar de as vezes preocupar. Mas tenho certeza de que não será um fracasso. Do que tenho realmente medo é do meu futuro amoroso. Amar é um verbo muito complexo e tenho muitas dúvidas a respeito. Uma menina, uma mulher, uma jovem senhora ou uma senhora jovem. Tenho dificuldades de interpretações de atitudes e palavras, coloco significado em coisas que talvez nem queiram dizer algo (ou sim?!). A verdade é que preciso de alguém que me coloque em posição de mulher como namorada ou esposa, pois, se o homem permitir, tomo a frente como mãe ou algo próximo de uma secretária executiva na vida dele. Não é voluntário. Simplesmente acontece gradativamente, e se ele permitir eu estarei separando suas roupas e escolhendo a cor das meias que ele deverá trabalhar. Isto, a longo prazo também há de tornar-me uma mulher profundamente infeliz, quando eu me der conta de que tenho um filho, não um companheiro. E é o que normalmente acontece mas ainda não encontrei uma solução. Controladora, chamo o garçom e faço o pedido, escolho o vinho e peço a conta. Por quê? Porque não consigo ser diferente sozinha. Sinto falta de as vezes assumir um papel de fragilidade e com necessidade de cuidados. A revolução sexual nós trouxe muitos direitos, mas causou uma confusão na cabeça de homens e mulheres quanto a seu papel social e afetivo. E sou assombrada por essas dúvidas e incertezas. E por esse motivo um homem seguro me deixa tão atraidamente abobalhada. Amar é difícil, implica em compartilhar e saber abrir mão de alguns conceitos pelo outro, é saber mudar de opinião, é saber a a hora de calar pelo bem da relação. Mas qual a medida exata disso? Existe esta medida?E exatamente em que idade eu aprenderei sobre isso? Apesar deste 20 e tantos anos a única certeza que tenho é que na verdade não tenho certeza sobre nada, mas vejo estas reflexões como algo positivo e critico a confiança daqueles que são incapazes de duvidarem de si próprios, se atirando em relacionamentos apenas para esquecer outros relacionamentos. Tenho pena dessas pessoas e de seus parceiros. Assumir que está perdida é o primeiro passo para procurar um mapa. Eu ainda estou procurando o meu. 

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