Uma história de Desamor Moderno

Maria da Silva não acreditava mais no amor há anos. Então, um dia, Maria conhece Zé-Ruela-Ninguém, que mostrou a ela uma vida cheia de festas. Maria achou divertido, e achando que ainda tinha idade para inconsequências, envolveu-se com o tal Zé-Ruela-ninguém. Então, por uma série de motivos chifrísticos, a relação, obviamente, não deu certo. Maria ficou triste por um tempo mas depois, já com o juízo recobrado, chegou a conclusão de que era o melhor a fazer e propôs amizade ao zé-ruela-ninguém, que era muito sociável e cheio de amigos( só não tinha dinheiro, emprego, estudos nem perspectivas. Só!). Mas já de namorada nova (e algumas antigas também), zé-ruela, muito esperto, propôs sutilmente a Maria que ela fosse sua amante. Maria, que era tonta mas não burra, recusou seu convite e desejou que zé-ruela fosse feliz em sua escolha de promiscuidade e DST's, afinal, assim caminha a humanidade e ela achou que o mundo seguia em paz e na normalidade. Mas zé ruela, revoltado em não ser mais o Sol da vida dela, começou a falar mal de Maria e usar seu nome em piadas com deboche em mesas de bar. E ela, a esta altura do campeonato, que ainda nutria certa estima e respeito por zé-ruela, revoltou-se. Revoltou-se muito, até consigo própria pelo carinho que manteve por Zé-Ruela,acreditando em uma amizade que não existia. Então, Maria quis matar, esfolar, enforcar, trucidar e pensou até em arrancar os zóios dele com uma faquinha de margarina, mas lembrou que, infelizmente, tudo era previsto no código penal. Maria, que é meio fresca e adora conforto, refletiu que provavelmente não encontraria uma penitenciária cinco estrelas com sauna, e que visitas íntimas supervisionadas não soavam como algo divertido, nem promissor para futuras outras relações, e contentou-se em apenas de deixar de ser tonta e seguir a vida mais atenta e esperta desta vez. Eu soube que Maria, que é um pouco debochada e fã de ironias, assumiu um relacionamento seríssimo com seu bem-estar e foi vista na ultima hora pelas imediações de seu notebook, com um certo sorriso cínico, pensando em ganhar dinheiro escrevendo um livro de contos bem-humorados para narrar as roubadas e frias em que se mete...PQP! Fim. (Por Tatiane Sousa)