Pará, eu te quero Grande!
Não à divisão do estado. Há bem pouco tempo, eu preferia não optar neste assunto: primeiro, por não ter uma boa leitura a respeito (final de dissertação me ocupo com outras coisas e acreditar em tudo que se diz nos jornais não é uma boa opção) e segundo por nunca ter parado para pensar com calma e refletido sobre o assunto. Este domingo acordei de madrugada, e enquanto estava na cama e por falta de ter alguém em quem pensar(eu confesso com certa tristeza e vergonha na cara), comecei a refletir a respeito do tema.
O argumento utilizado por quem apóia a criação dos estados do Tapajós e Carajás, diz respeito as ideias de desenvolvimento que a divisão pode trazer para outras regiões do Pará, hoje esquecidas pelo poder público. Apontam ainda o tamanho do estado como um obstáculo à chegada de verbas nestas áreas, o que consequentemente impede o desenvolvimento. No entanto, se o argumento fosse válido, o nordeste haveria de ser a região mais rica do país. Acrescido ao fato, de que no Brasil ainda temos um modelo de desenvolvimento não sustentável, e a divisão do Pará levaria a uma degradação ambiental sem proporções: comunidades locais,tradicionais e indígenas seriam as maiores prejudicadas e penalizadas nesse processo em nome do tal desenvolvimento. Na verdade só estaremos trocando problemas antigos por problemas novos. Se há(e há!) uma má distribuição da verba pública e esta não chega a essas regiões, não é pelas distâncias que existe em nosso estado, pelo menos não somente, embora isso possa de alguma forma contribuir. Mas sim pela ausência de um planejamento adequado para nossa região, que considere as múltiplas características sociais e culturais, e que não insista em apenas replicar os modelos europeus e norte-americanos de Planejamento. Convenhamos ainda, que a corrupção "ajuda" para que o dinheiro publico não chegue onde deveria.
Observo que na divulgação dessas ideias separatistas, alguns grupos "elitizados" são mais eloquentes no discurso, e tentam de qualquer forma manipular a massa. Tratam da divisão do estado de maneira simplista, e travestindo ou mesmo omitindo os riscos e consequências disso. Algumas outras cidades ganhariam status de capital e problemas de capital.
Todos tem o direito a buscarem melhores condições de vida, mas acredito que separar não vai trazer o que buscam. E se acaso eu estiver enganada e trouxer, eu pergunto: a que preço?
Todos tem o direito a buscarem melhores condições de vida, mas acredito que separar não vai trazer o que buscam. E se acaso eu estiver enganada e trouxer, eu pergunto: a que preço?



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